Comidas e bebidas no Nepal
Eu não tenho frescura alguma quando o assunto é comida. Por isso mesmo, nunca tive problema nas nossas viagens com comidas diferentes, temperos etc. Mas uma coisa é não ter frescura e outra coisa é gostar de tudo. E eu não me apaixonei perdidamente pela comida nepalesa. A boa notícia para quem detesta comida indiana e acha que vai encontrar uma cópia da culinária deles no Nepal é que isso não acontece. Lógico que até por estar próximo a India, alguns pratos nepaleses tem um “quê” de indiano mesmo. Mas diferente dos pratos indianos, os nepaleses não usam mil temperos em tudo, nem pimenta até no sorvete. E a culinária também sofre influência forte de outros lugares próximos como o Tibet! Por isso mesmo um prato tipicamente tibetano, já faz parte da culinária local, o momo. É um bolinho, que pode ser frito ou no vapor e é bem gostoso. Dos poucos pratos locais que provei, sem dúvida o que mais gostei. O mais conhecido é o feito no vapor. Achei o mais gostoso também. Seria uma versão nepalesa de dim sum(no vapor) e gyoza(frito), porém maior e mais recheado.
Outro prato típico que comemos, e achei mais parecido com a comida indiana, é o Dal Bhat. Ele é basicamente arroz e sopa de lentilha, mas tem sempre um acompanhamento que geralmente é curry, vegetais, yogurte e/ou salada. O que mais me impressinou foi que eles comem aquilo de manhã também! Eu comeria facilmente se só tivesse isso, mas já que eu pude escolher, preferi algo mais leve, Aliás, comemos só as comidas locais em toda a viagem, mas não abri mão de um café da manhã um pouco mais adaptado ao nosso paladar e menos pesado até por medo de passar o resto do dia no banheiro. Enfim, achei o dal bhat bem sem gracinha. A sopa de lentilha não achei lá essas coisas e apesar do tempero não ser tão apimentado quanto o indiano, também não é tão saboroso quanto ele. Mas não é ruim, comeria de novo, mas nada espetacular.
Cerveja é facilmente encontrada em qualquer lugar. Gelada? Nem sempre. Mas demos a sorte de pegar uma cerveja quente só uma vez. E infelizmente não provamos a famosa cerveja quente tibetana porque inacreditávelmente não sabíamos de sua existência. Aparentemente é uma delícia e me arrependo de não ter provado, então não faça como eu e prove! Das cervejas locais a que gostamos mais é a Everest. Mais sugestiva impossível! Quem tem estomago fraco é melhor ficar longe das bebidas alcóolicas pelo menos nos primeiros dias. Fomos bem devagar na bebida até o meio da viagem, mas depois a coisa descambou totalmente,hahaha.O estomago pode não gostar da mistura do álcool com a comida e seus novos temperos.
No post anterior falei do masala tea do hotel em Nagarkot e reitero, se você gosta de chá, vai “beber bem”no Subcontinente indiano todo, já que eles tem uma infinidade de chás deliciosos. O masala é originalmente indiano, mas o melhor que tomei foi no Nepal. E lembre-se, chá só pelando de quente! Melhor prevenir.
Decidimos não comer carne alguma nem no Nepal nem na Índia. Não por questões de princípios, mas se os nativos não comem, por que eu deveria? E de onde vem essa carne? Vou falar melhor sobre isso nos posts da Índia,mas acho que valeu a pena. É bom ter bastante cuidado com água e selecionar onde se vai comer em Kathmandu. As histórias de intoxicação são tão frequentes na capital nepalesa quanto na Índia. Um único dia no Nepal o Klaus pediu um momo com carneiro num restaurante onde aparentemente é seguro comer carne, que é o Yak em Thamel. Eu só provei e estava muito bom. Embora não tenha passado mal, fiquei o dia inteiro me sentindo pesada, como se tivesse comido um boi inteiro, mas meu marido comeu bastante e não sentiu absolutamente nada.




Pingback: Nepal- dicas finais e práticas | Catálogo de viagens